O Rancho Folclórico Rosas do Tourigo deslocou-se, no passado domingo, a São João do Monte para mais um encontro de folclore. O convite veio do Rancho Folclórico “As Capuchas” de São João do tendo como objetivo promover o XVI Encontro de Folclore e Etnografia.

Logo pelas 13h, o conhecido espaço da mata de São João do Monte encheu-se de dançarinos e tocadores em volta das mesas expostas para o efeito. Em cima das mesas foi servida uma fantástica canja, seguida de rojões com batata cozida ou, em alternativa, com arroz de feijão. Um verdadeiro hino à gastronomia mais tradicional da serra do Caramulo. Com um dia repleto de sol, eram muitas as pessoas que por ali circulavam, não apenas no interior do recinto como também à volta, onde os feirantes apregoavam as hortaliças, o vestuário e o calçado.

Tarde fora e depois do habitual desfile, subiram ao palco os grupos presentes, tendo o grupo da casa ficado com a responsabilidade de iniciar o festival e o grupo do Tourigo a tarefa de o encerrar, cerca de duas horas depois.

Destaque para as três dançarinas mais novas que tiveram a honra de atuar pela primeira vez num palco fora do Tourigo. Na bancada o destaque vai para os muitos conterrâneos, familiares e amigos que nos deram a honra de aplaudir este grupo.

Com a época de inverno a aproximar-se é agora hora de deixar os palcos de verão e começar a reformular o trabalho de casa, com abertura para os novos pares que se queiram juntar ao grupo.

No passado dia 16 de agosto o Rancho Folclórico Rosas do Tourigo deslocou-se a Vila do Prado em Braga, para participar no primeiro Festival de Folclore local. Ao fim de 16 anos de existência, é sempre um prazer partilhar o nascimento de mais um grupo de pessoas que, juntas, procuram aprofundar a arte do folclore e da etnografia em Portugal. Foi uma viagem que destacamos pelas paisagens magníficas do norte do país mas também pela simpatia afável com que somos recebidos e acarinhados nos locais de destino.

Esta deslocação destacou-se, ainda, pela amizade e companheirismo dos conterrâneos que, de forma generosa, fazem questão de acompanhar o grupo nas suas debandadas pelo país.

E se é hábito que, muitas vezes nas deslocações, as próprias autarquias se façam representar acompanhando o grupo, pela primeira vez ao fim de década e meia de existência, tivemos o privilégio de ser acompanhados pelo Sr. Presidente da Junta de Freguesia.

É para nós motivo de orgulho, perceber que o poder local está presente nas diferentes iniciativas culturais, recreativas e sociais que vão decorrendo na freguesia e fora dela. Mas deve ser, em especial, motivo de regozijo para as nossas gentes ver a nossa terra representada da melhor forma por trajes, cantares, hábitos, costumes e pessoas que, pelo país fora, levam o bom nome do Tourigo mais além.

A autarquia local não pode ficar imune a estas demostrações associativas. Por trás de uma atividade associativa, seja ela de carácter cultural, recreativa, social ou desportiva, está um conjunto de pessoas que, com boa vontade e espírito de voluntariado, representam um conjunto de interesses e vontades às quais a autarquia não pode ser alheia ou sectária.

Felizmente temos visto um evolução significativa a este nível. De algum tempo a esta parte temos sentido que tem havido uma preocupação coerente por parte do poder local, não apenas para com quem diz ter vontade de fazer mas com quem, efetivamente, apresenta soluções e se dispõe a fazer em prol da comunidade.

Terminada a atuação, era já madrugada fora quando o grupo regressou à nossa localidade, com tudo a correr pelo melhor.